Qual a real diferença entre as máscaras respiradores PFF1, PFF2 e PFF3?
Qual a real diferença entre as máscaras respiradores PFF1, PFF2 e PFF3? No Blog de hoje abordaremos um pouco mais sobre este assunto que é obrigação nas grandes indústrias, mas um verdadeiro tabu entre os trabalhadores informais. Por tanto, vem com a gente entender e aprender!
O uso efetivo de proteção respiratória é indispensável para trabalhadores e toda empresa é obrigada a implantar seu programa de proteção respiratória, ainda mais se estiver ligada à fabricação ou industrialização de algum artigo.
Os profissionais especializados em cuidar de todos os procedimentos e equipamentos de proteção de uma empresa são os Técnicos ou Engenheiros especialistas em Segurança do Trabalho. Eles são responsáveis por fazer a lei ser cumprida dentro dos estabelecimentos e seguir com a proteção adequada em cada atividade.
Para os microempresários e autônomos fica mais complicado ter um responsável pela Segurança do Trabalho interno. Mas, nada impede a contratação temporária para consultoria e adequação das normas, e inspeção periódica no estabelecimento. Se você tem funcionários principalmente, que fique bem claro que é obrigação do patrão fornecer todos os equipamentos de segurança, orientar, capacitar e cobrar sua equipe a este respeito.
No entanto, a lei não deve ser o único motivo pelo qual se usa EPI e EPC, a saúde e a segurança devem ser a principal motivação para a utilização dos mesmos. E cuidado caro colaborador, nos casos em que o patrão fornece o EPI (Equipamento de proteção Individual), orienta e cobra, caso ocorram acidentes, nem sempre ele poderá ser responsabilizado pela irresponsabilidade do empregado.
Vamos às diferenças entre PFF1, PFF2, PFF3?
1º A primeira diferença entre os respiradores é relativa à eficiência dos filtros:
– As PFF1 – Possuem eficiência mínima de 80% (Penetração máxima de até 20%)
– As PFF2 – Possuem eficiência mínima de 94% (Penetração máxima de até 6%)
– As PFF3 – Possuem eficiência mínima de 99% (Penetração máxima de até 1%)
Ou seja, cada respirador deve ser utilizado com responsabilidade e para a atividade correta, caso contrário pode haver sim a respiração de pó, aerossol ou substância química indevida.
2° A segunda diferença entre os respiradores é o tipo de resistência a aerossóis:
– As resistentes a aerossóis à base de água: que são capazes de reter partículas sólidas e líquidas à base de água.
– As Resistentes a aerossóis base de água e óleos: capazes de reter partículas sólidas e líquidas à base de água e ou óleos.
3º A Terceira diferença entre os respiradores é o Tempo de Tolerância, o tempo e a concentração do agente em que é permitido ficar exposto sem comprometer a saúde do colaborador.
4º A quarta diferença é entre a indicação técnica: usar uma máscara mais cara e avançada para proteger-se de pouquíssimo pó, pode sair muito caro. Logo, é melhor entender as diferenças de aplicação e economizar.
Pode ser útil em certas poeiras/névoas não oleosas, que não desprendam gases/vapores tóxicos; fibras têxteis, cimento refinado, minério de ferro, minério de carvão, sabão em pó, talco, cal, soda cáustica, poeiras vegetais (como trigo, arroz, milho, bagaço de cana etc.); poeiras de lixamento e esmerilhamento que não excedam até 10 vezes o seu limite de tolerância. Somente para uso contra aerossóis sólido, e líquida base água.
É útil para proteção em poeiras/névoas não oleosas, que não emitam gases/vapores tóxicos como por exemplo: fumos metálicos ou plásticos; sílica, fibras têxteis, cimento refinado Portland; minério de ferro, minério de carvão, minério de alumínio, sabão em pó, talco, cal, soda cáustica, poeiras vegetais (como trigo, arroz, milho, bagaço de cana etc.). Além disso, ela pode ser usada em certas poeiras de aviário contendo restos de ração, fezes, plumas e penas de aves; poeiras de lixamento e esmerilhamento, névoas de ácido sulfúrico (com óculos de proteção adequado), dentre outros.
Seu diferencial é que ela é recomendada, ainda, para redução da exposição a aerossóis biológicos com potencialmente patogênicos como é o caso do vírus da Covid-19, H1N1 e etc. Nestes casos, de prevenção contra agentes biológicos não é recomendado o uso de Respirador com válvula. E não deve ser utilizada para trabalhos que envolvam amianto (asbesto), devido sua toxicidade.
Respirador PFF3:
É indicado para proteção das vias respiratórias contra os mesmos itens das outras máscaras mais asbestos em concentração abaixo do limite, sílica, processamento de minerais, arsênio, berílio, prata, platina, chumbo, cádmio, algodão e outras névoas não oleosas, fumos metálicos ou plásticos.
A PFF3 serve também para poeiras, névoas e fumos contendo materiais radioativos, tais como: urânio e plutônio, que emitem radiação alfa, beta e gama. O respirador PFF3 é recomendado, ainda, para redução da exposição ocupacional a aerossóis contendo agentes biológicos potencialmente patogênicos, sem válvula exalatória.
Nunca utilize os respiradores PFF nos casos abaixo:
Nunca utilize os respiradores PFF1, PFF2 e PFF3 sem as devidas orientações profissionais das áreas de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho de sua empresa, evite erros que possam causar até a morte.
Não utilize PFF para proteção contra gases e/ou vapores a base de solvente como a pintura spray, nem para jateamento de areia ou em atmosferas com névoas oleosas.
Em atmosferas com concentração (em volume) de oxigênio abaixo de 18%. Ou seja, não deve ser utilizada em ambientes fechados e sem ventilação, principalmente câmaras frias, tanques em geral, silos e até em tubulações. Os ambientes aqui citados possuem concentração de oxigênio pode ser menor que 19,5% em volume e o uso da máscara pode prejudicar a oxigenação do trabalhador. Em tais ambientes é preciso cuidado diferenciado para a proteção respiratória.
Nunca utilizar as PFFs quando a concentração do contaminante ultrapassar os valores IPVS (Imediatamente Perigosos à Vida e à Saúde). Ou seja, caro trabalhador, se seu trabalho produz riscos às vias aéreas opte por consultar um técnico em